sábado, 21 de abril de 2012

Aquilo que ninguém perguntou

Venho através desta expressar minha enorme revolta com a sociedade racional e emocional. Mais racional do que emocional. Sou agnóstica antes que me fuzilem de questionamentos sobre a bíblia ou até mesmo sobre a ciência. Não faço questão de formar uma opinião sobre o assunto, a única opinião que tenho de veras sobre o assunto, é essa que escreverei agora.

É engraçado quando você vê aquela garota pseudo novinha que se acaba arrastando a poupança no chão pelos bailes da vida postando um versículo bíblico agradecendo a Deus. Querida, você está agradecendo a Deus por exatamente o que? Por ter sido convidada pro funk onde mulheres não pagam? Ok, eu respeito os pseudo cristãos que acham  que repassar tal imagem irá levá-los ao reino do Céus mas acordar cedo no domingo pra ir pra missa, utilizando da desculpa de que você está evitando a fadiga, é muito bonito né? Poupe da minha fadiga. Obrigada.

Acho bastante bonito quando você agradece a Deus virtualmente todos os dias pela sua vida e pelo seu dia, só não me entra nos neurônios o motivo pelo qual no sábado a noite você esquece que Deus não está ligado a somente agradecer por tu-do que ele é capaz de te proporcionar ao longo de sua vida, mas seguir seus mandamentos e se comportar como no mínimo um ser humano também é válido. O mais engraçado é quando acreditam que ainda vão para o "céu" depois de tudo.

(Pausa pra gargalhada.)

Ultimamente, tenho notado que uma pequena massa da população facebooker, que assim como eu, tem se revoltado com essa nação atéia que vem pregando a inexistência de Deus como se isso fosse tão relevante quanto escolher entre Escargot ou Caviar na alta socialite. Como se não fosse só isso, a galera do contra reclama dos que são a favor (os tais pseudo cristãos e tal), como se não fizessem pior.

Você detesta Deus? Óh. O mundo foi criado por uma explosão de sei lá o que? Óh. Deus não ecziste? Óh. "Obrigada, sua opinião foi computada com sucesso. Volte sempre!" Quer dizer, não volte. Fique na bolha de ar que te protege de todos os males de Jeová e não me conte sobre o quão legal é estar aí dentro ou como você conseguiu uma bolha dessa... Ninguém quer saber. Até mesmo porque você como um bom entendedor e um bom pesquisador deveria parar de querer pregar algo que ninguém te pediu pra que pregasse.

Uma pessoa pra que ela consiga formar sua opinião sobre determinado assunto, precisa estar interessada para que ela pesquise e de conheça. Ninguém precisa catalogar uma lista de pesquisas já feitas que comprovam que Deus definitivamente não existe.

Sou completamente a favor de que exista os opostos extremos pra que possamos enxergar a diversidade. Nem tudo nessa vida se resume a ter os neurônios estapafúrdios de tantas certezas. Ou você acha que se todo mundo partisse pro Racional, o mundo seria melhor? É tanto egocentrismo querer ficar provando e comprovando coisas que ninguém perguntou que eu fico tipo "wtf?".

Agora vocês aí que ainda vão me encher com a merda do saco com esse assunto, uma vez que quase ninguém também vai levar essa bagaça: Bitch, please vá lavar a louça depois passa aqui pra lavar a minha.

Thanks very much.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Eu e Lolita, Lolita e eu.


Quanto tempo de você, Gabipolar.
Apareci.
Me surgiu uma ideia de pauta e vim logo antes que eu esqueça. 
Ontem, me perguntaram sobre meu livro preferido e achei um tanto gozado pensar em "Lolita", um livro que me apaixonei somente pelo prólogo e umas vinte páginas de leitura. Sim, isso mesmo. Meu livro preferido é um livro que eu nunca li. Irônica essa vida, não?
Resolvi contar minha história de amor por este livro, já que eu nunca passei por um romance significativo a fim de contar-lhes e render uma postagem legal.
Eu e Lolita nos conhecemos no fim de 2011, a indicação foi de uma colega de classe. O primeiro parágrafo estava na ponta de sua língua e quando ela recitou pra mim, fiquei encantada. Pesquisei um pouco sobre sua história e as críticas sobre o mesmo. Ok. Outros livros passaram por minhas mãos, até pesquisei o valor de um Lolita nas livrarias mas como custa os dois olhos da minha cara, sofri mas fiquei tranquila. Resolvi procurar nas bibliotecas... Achei na da faculdade. Ele estava estragado mas as páginas tinham o cheiro de livro usado que eu amo. Aluguei. Os trabalhos começaram a sugar os meus neurônios e eu comecei a ficar possuída pelo medo de esquecer de entregar o livro e me custar uma bela multa que qualquer pessoa disponível para o mercado de trabalho não tem condições de pagar. Devolvi. Nos separamos. Foi um chororo. Ficamos longe. Nos esquecemos parcialmente até que eu fosse até uma biblioteca com um Lolita novinho, me esperando. Das leituras que eu podia escolher, preferi Fora de Mim da Martha Medeiro por estar numa saudade insana de suas palavras consoláveis e achar que fosse melhor um livro de uma intensidade mais propícia para o momento. Dois dias foram o suficiente pra que eu acabasse Fora de Mim e ficasse louca de ansiedade pra voltar na biblioteca e pegar Lolita. Finalmente. Meu deus!
O resto da história vocês acompanham quando eu finalmente ler Humbert Humbert insano feat. inconsequente Lolita.
Um super beijão pra adorável Lulu (287blog.blogspot.com) que chegou na blogosfera e me incentivou, embora já faça um tempo, a voltar a escrever. Reativar meu lado gabipolar.
Enfim. Fim.