quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Análise: Anos Rebeldes, de Gilberto Braga.

Terminei de ler, e sinceramente a-mei demais.
(Se você pretende ler o livro e é do tipo que odeia que te contem o final, não leia essa postagem.)


O livro fala sobre um grupo de jovens que vivem a época da ditadura, cada um com sua personalidade forte e marcante. É basicamente um romance com toda aquela revira volta no fim que eu adoro. Confesso que me emocionei com o fim do Edgar. O livro me fez parar pra refletir sobre isso de você viver sua vida sempre esperando por algo. Realmente, bem aventurados os que não esperam, pois estes nunca se decepcionarão.
Edgar que fazia um triângulo amoroso com Maria Lúcia e João, depende sempre da instabilidade do casal pra arranjar uma brecha e tentar conquistar Maria Lúcia com todo seu galanteio. Ele não é o típico vilão, mas ele é o coadjuvante de sua própria vida e isso faz como que ele seja o "único" personagem com o fim trágico.
Não sei se era porque o eu-lírico, era justamente o próprio Edgar, mas eu era team Edgar, sem sombras de dúvidas. Entendo que Maria Lúcia amasse o João justamente por ele ter uma personalidade forte, um espírito de herói que lutou pela pátria até o fim. Quer motivo mais cativante que esse? Mas Edgar era o exemplo de homem, que se tivesse Maria Lúcia teria dado a ela a vida que o João jamais seria capaz de dar.
Os outros personagens não são tão reacionários quanto João e Heloísa, mas cada um tem particularidades inesquecíveis que me fizeram suspirar pelo livro do começo ao fim.
Está escrito na minha testa que amei o livro, né? Recomendo bastante, se você for como eu que adora novela - o livro já foi novela na Globo, pra quem não sabe -, adora a década de 60 e 70, se interessa pela cultura brasileira, e detesta lenga-lenga, enrolação, linguagem massante... O livro não tem nada disso, é ótimo. Gilberto Braga está de parabéns.
A dica chave que o livro me transpareceu e eu não posso deixar de compartilhar com vocês: Jamais sejamos coadjuvantes de nossas próprias vidas, jamais.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O Ciclo.

"Como alguem com o coraçao partido, depois de achar q tudo era perfeito, consegue seguir em frente? Como ele vai lidar com isso? Sera q todo mundo tem forças pra continuar?"
Participo assiduamente de uma comunidade no Orkut, aonde várias pessoas de vários lugares do Brasil se relacionam. E numa desesperada falta de inspiração, criei um tópico lamentando a crise, um dos membros me deu o desafio de trabalhar em cima dessas perguntas aí em cima, e escrever um texto. Eu aceitei, é lógico. Espero que ele goste e vocês também.


Eu tenho uma tese para o ciclo do amor. Todo mundo diz que você não escolhe por quem vai se apaixonar, sonhar, perder o sono e sofrer - exatamente nessa ordem - mas a realidade é que nós escolhemos e escolhemos a dedo a pessoa por quem vamos viver e morrer durante um período de nossas vidas. Fazemos a idealização, inconscientemente, as pessoas vão surgindo e vão se encaixando ou não, à nossa lista-de-exigências-óbvias e quando surge alguém que se encaixa nessa lista, começamos a dar prioridade pra conhecer a tal pessoa melhor. Nos aproximamos e se o fulano tiver 1% além da nossa lista-de exigências-óbvias, os defeitos que possam surgir não serão nada perto do grão de areia movediça que ele já despertou dentro de nós. Começamos a olhar a pessoa diferente - ainda inconscientemente -, até que as pessoas ao redor comecem a perceber e abrir os nossos olhos: Hmmmmmm tá apaixonada. Pronto... Instalação concluída. Você se apaixonou com sucesso! 
É nessa hora que você começa a deixar que o tal amor seja prioridade em sua vida. Você aceita que seu amor por ele ou ela, seja mais forte que o seu amor por você, maior que seu ego, seu orgulho. Normal... Dois corpos não ocupam o mesmo lugar.
O desenvolvimento da história é aquele que só muda os personagens, elenco e cenário, mas no geral é o mesmo. O final sofrído é sempre o mesmo. Você cai na real de que nada é perfeito e que o amor da sua vida é realmente um infeliz que só veio para te desnortear, tirar seu juízo, bagunçar sua vida. Bem, muitos, que sofrem os sintomas de "alguém que cai na real" não caíram na real de fato. Ainda irão procurar a luz no fim do túnel e vão persistir nisso algum tempo, talvez meses, talvez anos, talvez a vida inteira. A "pessoa que agora sofre" deve ter os pés no chão para saber encarar a realidade, seja ela qual for e ter a mínima decência, o mínimo de orgulho próprio em dar um basta. A maioria das pessoas sofrem porque não se dão conta de que a vida não estaciona, ela tem que prosseguir e para que ela prossiga precisam concluir o ciclo com o agora ex-amor-de-suas-vidas. Se tratando de um ciclo, você só o finaliza quando você volta a sua posição inicial, antes de conhecer fulano ou fulana, isto é, volta ao seu estado normal. É claro que não é facil, é tudo muito racional, mas todo mundo consegue quando quer e corre atrás de conseguir, de verdade. Toda história tem seus acasos e a dica que eu daria é que se sintam confiantes e se preparem para tudo, inclusive para as eventualidade, de peito e alma. 
Uma dose de emoção e outra dose de razão quando misturadas podem fazer bem, por incrível que pareça.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Você, sempre você.


"Essa é a ultima vez, de tantas outras ultimas vezes que escrevi e tenho certeza que ainda escreverei pra você.
Nesses três anos que eu estive ao seu lado foram incontáveis as vezes que eu quis parar de me confundir e aceitar os limites impostos, horas por você, horas pela vida.
Confesso que sempre fui muito sua, em todos os aspectos, e já quis muito deixar você viver sua vida e seguir com a minha mas ultimamente, sua ausência tem me afetado mais do que qualquer outro sentimento ruim que existe dentro de mim. Me tornei dependente de te ter por perto pra me sentir mais forte e conseguir enfrentar meus medos. Você me conhece e sabe ser presente e confortante mesmo tão longe.
Pra mim não existe nada mais valioso do que alguém que nem sequer olhou no meu olho alguma vez na vida, saber ser mais especial do que outros tantos que estiveram ao meu lado me olhando de muito perto.
A real é que o que mais mexe comigo não é nem o "não te ter", é saber que quando estamos distantes fico sem chão, sem rumo. Acho que me acostumei a te ouvir dizer que me ama sem eu precisar dizer nada. 
As vezes, eu fico me perguntando se essas sensações acontecem só comigo ou se eu enlouqueci. As vezes, eu só queria saber se essa dor de não poder te ver de perto, não poder te dar um abraço, só sou eu quem sinto.
Eu sei que sou repetitiva e sei também o quão isso é errado pra você, mas em alguns momentos queria ser "as outras" pra ter aquele privilégio de cuidar de você, de te sentir de outra forma.
Sou louca...
Ignore minha falta de escrúpulos.
Mas tenha sempre aquela certeza que te dou ao final de cada texto que te escrevo: estou contigo, independente do lugar e da maneira em que nos encontrarmos, por tudo - que não foi pouco e não há de acabar nunca, dentro de mim."

Obs.: Esse texto é de minha autoria, escrevi para um amigo e resolvi postá-lo. Espero que tenham gostado.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Mais um fim, mais um começo.

A pré-escola acabou. O Ensino Fundamental acabou. E o que eu mais temia... O Ensino Médio acabou - não que eu já tenha sido "promovida", mas eu confio no meu taco, os professores irão me passar, amém.
Anteontem como já combinávamos há algumas semanas, a sala inteira + professores + direção iríamos para uma pizzaria fazer a nossa colação de grau ou formatura, como é chamada, hoje em dia. O detalhe mais importante sobre essa confraternização foi que de trinta alunos, só três apareceram e eu estava entre os três. Por sorte, se é que isso existiu pra mim naquela noite que tinha tudo para ser inesquecível - não que não tenha sido -, os outros dois alunos eram meus amigos-de-fé-irmãos-camaradas, graças a Deus. Pra resumir eram três alunos, a professora de matemática (linda que ajudou eu e o Mads não ficar no vermelho no 3º bimestre), a professora de quimica (que esteve conosco no Ensino Médio inteiro own), o marido dela (gente fina), o coordenador (porra louca nato) e o diretor (e pai do Victor). Pense que legal você ali bebendo e comendo com pessoas que você temeu o ano inteiro, fazendo o papel de socializar por 27 alunos que pipocaram. Não vou dizer que não foi legal, deu pra jogar conversa fora, me senti confortável - sim, muito confortável - e pode ter certeza que ainda que tenham faltado alguns professores (tipo a de geografia e a de apoio de português) e a turma praticamente inteira foi ótimo. Adorei.
Esse post além de ter sido criado para falar sobre minha "formatura", também foi criado para expressar meu misto de emoções em saber que passei por mais uma etapa da minha vida e que eu sei que agora tudo que eu cultivei por sete anos (ensino médio e fundamental na mesma escola com as mesmas pessoas) está sendo deixado de lado, substituído por um novo ambiente e novos colegas. Foram sete anos vendo as mesmas pessoas quase todos os dias, ainda com as misturas de classe a cada ano. É triste, e como eu ainda não disse mas vou dizer agora, eu que sou uma pessoa tão desapegada aos amores, consigo ser mais do que apegada aos amigos.
É uma sensação de adeus tão intensa que meses antes das aulas acabarem, eu ficava sempre lembrando meus amigos que os amava e pedia pra que não me esquecessem. Eu chegava a não querer fazer lição pra aproveitar cada segundo - claro, que a preguiça dava aquele empurrãozinho -, e quando chegasse o "The End" eu não me arrependesse de nadinha. Sempre fui a aluna que procurava falar com todos, interagia com os professores, por mais que passasse por babaca, que só queria todo mundo junto. Acordo mal humorada, em casa sou "a estressadinha" mas na escola sempre encontrei minha paz, e esse último ano não podia ter sido melhor, e tudo isso na maioria das vezes, graças ao Madson, Victor e Léo.
E agora? Tudo acabou. Se eu tivesse a chance de dizer algo a todos aqueles que passaram por meus colegas de classe e professores, sem dúvidas, eu diria:

"Obrigada por tudo que vocês me proporcionaram de risada, de seriedade, de união, de alegria, de desunião, de tristeza, de raiva, de bom e de ruim. Tudo isso me fez crescer e me tornar mulher o suficiente para saber lidar com os outros seres humanos respeitando suas histórias de vida, seus principios e seus ideais. Agora que nós, ex-alunos, somos maduros, nada mais maduro do que encarar a realidade e saber que nos veremos pouquíssimo, em esbarrões pelos lugares ou talvez nunca mais e por isso desejo a vocês, o melhor que a vida puder lhes proporcionar e que vocês merecerem. Um brinde ao sucesso de todos nós!"

É como se a vida estivesse começando agora pra mim, como se a borboleta estivesse saindo do casulo para ir conhecer a vida. Espero fazer amigos na faculdade que supram a  falta que os da escola irão me fazer. Que eu seja sociável o suficiente para lidar com pessoas diferentes (será?) das que sempre lidei. Que ter saído do casulo não afete nesse meu lado simpático, nessa minha facilidade em me enturmar e lidar com as pessoas, que não afete no meu lado bom, que só me acrescente coisas boas e subtraia as ruins.
"Só" isso que eu quero pra esse futuro, pra esse level tão grande que eu vou enfrentar a partir de 2012. Em ritmo de reveillon, paz e sucesso à todos nós formandos de 2011 e aos que me lêem.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Palavras legais de se falar.


Pra vocês verem como eu sou a toa, resolvi listar palavras que eu acho legais de se falar. Dentre essas dezessete, minhas preferidas são Rodolfo e Forsaken. Nada demais. Só pra discontrair... Falando em discontrair, discontração também é bem legal de se falar.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Desapego, Ansiedade e Medo.


As vezes, tento entender no que me transformei depois de tanta insistência: Deus, quero ser mais desapegada! Insisti tanto que provavelmente cada vez que eu pedia Deus ia aumentando a quantidade de desapego no presente que ele ia me mandar.
Eu gosto bastante e até acho que vivo melhor assim, mas não consigo entender tamanha transformação. Aquela Gabriela bobinha e medrosa que se apaixonava por um cara apenas pelo jeito como ele gesticulava se transformou. Eu não consigo entender como é que eu fui perder essa mudança tão drástica. Passou e eu não vi passar. 
Não estou reclamando ou sofrendo, é apenas o meu jeito melancólico de analisar e escrever sobre as situações. 
Me transformei em uma garota porra louca que só quer um pouco de equilíbrio, que quer um pouco de paz. Paz em todos os aspectos possíveis. Confesso que a única coisa que ainda não saiu de mim foi o medo que insiste em me atormentar a cada passo que eu dou. Piso em ovos desde que me conheço por gente.
Quando eu falo, pareço ser uma pessoa decidida sobre o que eu quero pra minha vida. Mas dentro de mim sempre existe uma ponta de incerteza, uma luz vermelha que pisca e me provoca um medo absurdo de dar o passo errado e fazer desmoronar a minha ponte. Então eu penso: Como chegarei do outro lado? Se é que existe isso de outro lado.
Me considero jovem e imatura pra falar sobre amor mas o pouco que eu entendo já consigo me virar bem. Ou acho que consigo. Talvez eu não consiga, por isso sou a única do grupo de amigas que ainda não teve uma boa história de romance adolescente pra contar e acho que nunca terei. Tudo porque ao invés de pegar o caminho do "agir com o coração", eu escolhi entender o que é sentir algo por alguém e a minha escolha me fez perder um tempo da minha vida. Sou realista e vou te dizer que ando perdida até hoje.
Não tenho nenhum problema com essa coisa de "arranjar alguém" até mesmo porque eu ainda não sei nem cuidar de mim e sou daquelas que precisa se encontrar para encontrar outra pessoa e cuidar dela da maneira que todo ser humano merece.
Dou graças a Deus que eu não tenha beijado o sapo certo, pois se eu já tivesse beijado, concerteza, eu estaria antecipando outra etapa da minha vida e antes chegar atrasada do que chegar cedo demais e ter que ficar esperando o próximo level e enfrentar aquela ansiedade. Ansiedade me incomoda mais do que medo e desapego.
É inédito imaginar que eu dou uma enorme volta e prefiro suportar tantos outros sentimentos para não ter que esperar e me sentir tão ansiosa. É como se eu me poupasse tanto de algo que eu nem sei se é tão ruim assim tudo porque eu sinto medo. 
Medo, sempre você, assombrando todas as outras possibilidades.

Boas vindas, e blá blá blá.


Já faz algum tempo que quero voltar com o meu blog que larguei já tem algum tempo. Voltei porque desde o outro "gabipolar" parei de escrever, e como eu sempre achei que escrever me servia de espelho para lidar com meus problemas e medos, voltei - se tudo der certo e nenhuma rede social desviar a atenção - para ficar.
Para começar, nada mais clichê do que começar falando sobre mim e minhas expectativas para o blog.
Paulistana, geminiana com ascendente em aquário. Tenho 17 anos, estou começando a lidar com essa coisa de virar "gente grande" e aprender a ser responsavél. Uma "quase" estudante de Jornalismo - falta só fazer a matrícula. Apaixonada pela cultura brasileira dos anos 60, 70 e 80. Sou bastante seletiva com relação a livros, os poucos que li até hoje foram de autores brasileiros. Mas, quando se trata de música é dificil eu não gostar, até forró já não me aborrece mais. É claro que tenho minhas preferências e dentre os meus estilos musicais preferidos estão Indie, Mpb, Rock, Pop e Sertanejo. Sou bastante sociável, mas sou completamente "de lua". Não é a toa o nome do blog.
Estou de mudanças para cá, e venho trazendo comigo meu lado mais psicótico e mais realista. Um pouco confuso, não? Sou confusa e se você for um leitor diário verá o quão rápido eu posso mudar de opinião sobre determinados assuntos. É aquela velha música do Raul Seixas que já se tornou piegas: Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo. E realmente... Estamos aí para sermos felizes, se formos criar um padrão de vida e seguí-lo a risca, vamos nos tornar robôs. Nada mais gostoso do que ser total flex. Espera! Eu já falei que eu AMO metáforas? Não? Então, não é a toa que sou apaixonada por Martha Medeiros. 
Minhas expectativas para o blog são de que ele seja como o meu quarto da maneira mais bagunçada e organizada possível. Pretendo expor meus textinhos - "inhos" porque ainda não me considero uma boa escritora, mas nada que um blog novo não resolva -, compartilhar as coisas interessantes que eu encontro por aí e todas as frescurites que uma menina quase mulher de dezessete anos pode ter.
Por isso, entrem e sintam-se à vontade para sentar e ir até a geladeira pegar um suco a hora que quiserem. Só não se esqueçam de lavar o copo... Hehe. Brincadeira. Espero que vocês não tenham se assustado, que me favoritem e voltem sempre para vagar no meu insano subconsciente. Me encontrem nas redes sociais a fora por aqui.

Beijos. Até a próxima.