segunda-feira, 4 de junho de 2012

A traição e seus afetos.

"Nunca tive um relacionamento duradouro pra me considerar experiente pra falar sobre os ingredientes que acrescentam e subtraem uma relação, e como eu nunca senti necessidade de ser bem (ou mal) vivida no assunto pra poder escrever sobre ele, vou escrever e dane-se.

É bastante engraçado quando dizem: "Mas bah, se tu quer trair, termine antes!" Tá, eu não entendi a tentativa de sotaque sulense. Porque se você parar pra pensar, se todos os infiéis fossem terminar um relacionamento para saciar os desejos de sua carne e pegar de jeito um outro alguém, eis que a traição não estaria no dicionário e nem em formato de chifre na cabeça das pessoas.

Eu sou bastante realista pra esse tipo de coisa, sou dessas que acredita que a traição seja um apetrecho maléfico que qualquer fulano está sujeito, a partir do momento em que esteja acasalando com alguém. É inaceitável quando é com a gente, é o fim, é uma faca cravada na costas, mas é normal... Óh! Óh nada, é isso mesmo. Se você parar pra pensar, todos estamos vulneráveis a desviar o foco de vez em quando, sair da rotina de amar aquela mesma pessoa sempre. Veja bem, não estou dizendo que trair seja algo completamente aceitável e lindo de viver, é uma constatação sobre o que eu penso de "quem dá o chifre". Quando você se sujeita a pular a cerca não significa que você não ame, só que você deixou estalar uma possibilidade de alguma coisa que você não sabe qual é. E eu não faço ideia de quais sejam as probabilidades do que tenha sido esse estalo, talvez a de que aquela fulana possa ser melhor que a sua namorada ou de que você é o fodão e quer mostrar pros outros caras o quão pica você é com suas atitudes, mas tem que ser muito babacão pra não saber que só sua meia dúzia de amigos te acharam cool por tal atitude, o resto do mundo não, mais exatamente a família da adorável chifruda e as amigas dela irão fazer vudu de você, pode acreditar. 

Penso que exista um estereótipo pros caras que traem e pras moças que traem, mesmo esses estereótipos sendo diferentes sempre se resumem ao mesmo resumo.
As mulheres são mais recatadas pra se sujeitar a tal ação, acredito eu, mas como isso não significa absolutamente nada. Então eis que as possibilidades de traição de ambas as partes, são: 
a) Ela não gosta dele/Ele não gosta dela
b) Ele não tem sido o suficiente/Ela não tem sido o suficiente
c) É da laia das vagabas mesmo/É da laia dos putão mesmo
d) Todas as alternativas acima

A galera costuma dizer que um relacionamento se baseia no amor, e eu acho essa a balela mais tosca do mundo. Acho que gostar não é o suficiente, tem que encaixar em todos os aspectos senão não vai ter Congratulations no The End. Você pode amar como chama que arde sem se ver, mas se ambos não souberem se respeitar e se aceitar (lê-se defeitos e qualidades), a realidade de vocês será o fim ou a traição. Portanto, acredito que o ponto forte de um relacionamento esteja no diálogo. Sempre disse pra todo mundo que o namorado ideal é o melhor amigo que beija, e ainda não tenho certeza se isso realmente faz algum sentido, uma vez que você nunca vai contar tudo pro seu namorado ou pra sua namorada, mas isso a gente discute outro dia.
Eis que chego no ponto em que eu queria. Perdoar ou não perdoar? Eu costumo dizer que jamé que eu perdoaria uma traição, porém, portanto, contudo, todavia, eu sei que quando a gente gosta da pessoa, a gente se sujeita aos mais ridículos papéis e me conhecendo da maneira que conheço, eu sinceramente não sei qual seria minha próxima reação depois da descoberta. Talvez, eu ficasse tipo:

"Filho da puta, me paga!"

ou

"EU QUERO MINHA MÃÃÃÃÃE!"

Não sei quanto ao ego ferido dos homens mas o das mulheres pela sua ordem natural ou você termina ou você vai perdoá-lo e esquecer tudo que passou. Recomeçar. A minha sugestão pra que esse tipo de coisa não aconteça é de que se o macho e a fêmea da relação forem a opção C (É da laia das vagabas mesmo/É da laia dos putão mesmo) é de que entrem em comum acordo e tenham um relacionamento aberto, moderno poupando os de todos os constrangimentos possíveis. Caso contrário, use todos os métodos contraceptivos para não pegar nenhum tipo de canalha ou piranha, se ainda sim você contrair a doença, corra para o psiquiatra mais próximo de você. Lembrando que os sintomas são: Crescimento na superfície esquerda e direita do topo da cabeça e dores, muitas dores."

Desconsiderem. Tô brincalhona por demais hoje. Sabe como é, véspera de dia de pagamento, a vida fica toda cor de rosa. Até mais vê-los.

Um comentário:

  1. Advice number one: Nunca deixe os outros saberem o que você está pensando. Expor o que você pensa é desvendar seus planejamentos, suas idéias e seus desejos. É contar seus segredos em público, permitir que interfiram nos mesmos direta e indiretamente e/ou se antecipem lhe prejudicando quando quiserem. Não fale demais Gabriela!

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