"Muita gente tem forma mas não tem conteúdo nenhum."
Não vou negar que eu tenho um blogroll recheado de futilidade do tipo que indica um kit de sombra legal, uma peça de roupa tendência e fala de relacionamentos de modo geral, defende as causas gays e o peso da Adele. E o que resta? Eu gosto muito de ler todas as futilidades dos blogs destinados à adolescência feminina porque se sentir bem é o que vem antes de fazer bem ao próximo. É preciso se sentir auto-confiante pra ajudar quem precisa, e desta vez eu venho pra criticar uma classe que esqueceu desse depois, estatizou no bem próprio e se tornou fútil.
Gosto de me imaginar ryca, usando dos perfumes mais caros e marcas das mais phynas, qualquer mulher gosta, qualquer homem gosta de mulher assim, aliás eu acho que se sentir "absoluta" consigo é a melhor das dádivas femininas, atrai um mundo like a conto de fadas, sinônimo de sonho-de-toda-mulher, mas eu venho me perguntando cadê o conteúdo, cadê o ônus, cadê o diferencial de ser A Mulher? Cadê o diferencial das grandes blogueiras que se sustentam com seus blogs, são convidadas para as melhores festas e ganham mulherzices de marcas famosas todos os dias? É uma questão, um ponto, mais do que isso, um universo a se pensar.
Quando eu falo que é esse o sonho mais simples de toda mulher, eu consigo enchergar que se trata de uma busca por um sonho feminino em comum e que a intenção é abstrair os problemas do mundo lá fora, aquela velha distração necessária de toda conturbação que grandes mulheres sofrem, mas crescer vendo o sol nascer com glitter é pequeno e já faz das pequenas mulherzinhas buscarem apenas pelo melhor rímel, pela roupa que deixam os seios mais bonitos ou a bunda mais empinada. Tá faltando o humanismo, aquele que cobre qualquer look de de ahazar. Tá faltando a responsabilidade social, aquela que deixa por baixo qualquer batom que aumenta os lábios.
Sou tão fútil quanto algumas mulheres por aí, luto pelo meu closet e pelo poder de estourar cartões de crédito de vez em quando, mas jamais quero perder a minha sensação de praticar o bem sem olhar a quem, aquilo que escrevi outro dia sob a filosofia do "bom dia ao cobrador do ônibus".
Mulheres: Menos futilidade, a vida não gira apenas em torno da capacidade de estarmos sempre esbeltas em cima de um Louboutin, a nossa vida começa a ser regida humanamente quando você não desvia de um necessitado por nojo mas se aproxima por condolência.
domingo, 27 de janeiro de 2013
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
"A gente tem o que merece"
Foi com essa frase depois de uma sequência de elogios de um novo amigo que fiz pelos encontros da vida, que eu tive um estalo de pauta pra hoje: O que a gente tem merecido receber das pessoas? Penso com relação a todos os apetrechos vitais que nos envolvem.
Eu olho pra mim quando eu concluo esse primeiro parágrafo e talvez eu até tenha uma breve previsão do que eu talvez mereça dessas pessoas que me envolvo direta e/ou indiretamente e mais talvez ainda, eu acho que eu não sou tudo que deveria ser, tenho muito a aprender com algumas pessoas que me rodeiam e me enchem de orgulho por serem tão bonitas. As vezes, até acho que sou melhor fora de casa do que dentro e eu sei que isso deve ser mudado urgentemente, minha casa é meu porto seguro e é dentro dela que eu tenho a maior estabilidade de amor e compreensão. Me sinto pequena e sei que muita gente é tão pequeno quanto eu, quando falo de valores fraternais... De todo modo, que esse seja o primeiro ponto a se pensar.
Aquele lugar que fazemos questão de ceder no ônibus quando tem uma pessoa mais velha que a gente, aquela bondade que fazemos sem sequer estarmos sentados no banco reservado pra classe prioritária ou nem prioritária, que cedemos por livro e espontânea educação. Aquele "bom dia" que a gente dá pro cobrador, pro frentista, pro porteiro, pro chefe. O que nós merecemos não fica só no reconhecimento que nos dão, fica na sensação de boa ação que eleva o ego em milímetros acima do abismo espiritual. Gosto de acreditar que as boas ações fazem parte do caminho mais fácil pra merecer um elogio que abstrai um dia chuvoso, uma briga com a namorada ou a falta de dinheiro, aliás, muito além da conquista de bens materiais, gosto muito de acreditar que nossas almas precisam muito mais de benfeitorias com entes estranhos ou queridos pra adquirir riqueza espiritual. O mais legal é saber que nós estamos vulneráveis a sermos surpreendidos numa dessas "caridades" e então concluir colhendo o que plantamos (e o raciocínio do texto).
Faço questão de destacar que mais do que qualquer gosto musical refinado ou qualquer luta em pról de uma causa social, é importante que você saiba sorrir e praticar o bem sem olhar a quem, sem perguntar por quê, de olhos fechados e coração aberto... O mundo tá cheio de gente que quer ser visto mas não quer se enxergar, não sejamos tão medíocres quanto estes.
Pra completar... Jamais se esqueça de que antes de tudo você é a sua melhor companhia e terá de você mesmo, apenas o que merecer.
Au revoir.
Eu olho pra mim quando eu concluo esse primeiro parágrafo e talvez eu até tenha uma breve previsão do que eu talvez mereça dessas pessoas que me envolvo direta e/ou indiretamente e mais talvez ainda, eu acho que eu não sou tudo que deveria ser, tenho muito a aprender com algumas pessoas que me rodeiam e me enchem de orgulho por serem tão bonitas. As vezes, até acho que sou melhor fora de casa do que dentro e eu sei que isso deve ser mudado urgentemente, minha casa é meu porto seguro e é dentro dela que eu tenho a maior estabilidade de amor e compreensão. Me sinto pequena e sei que muita gente é tão pequeno quanto eu, quando falo de valores fraternais... De todo modo, que esse seja o primeiro ponto a se pensar.
Aquele lugar que fazemos questão de ceder no ônibus quando tem uma pessoa mais velha que a gente, aquela bondade que fazemos sem sequer estarmos sentados no banco reservado pra classe prioritária ou nem prioritária, que cedemos por livro e espontânea educação. Aquele "bom dia" que a gente dá pro cobrador, pro frentista, pro porteiro, pro chefe. O que nós merecemos não fica só no reconhecimento que nos dão, fica na sensação de boa ação que eleva o ego em milímetros acima do abismo espiritual. Gosto de acreditar que as boas ações fazem parte do caminho mais fácil pra merecer um elogio que abstrai um dia chuvoso, uma briga com a namorada ou a falta de dinheiro, aliás, muito além da conquista de bens materiais, gosto muito de acreditar que nossas almas precisam muito mais de benfeitorias com entes estranhos ou queridos pra adquirir riqueza espiritual. O mais legal é saber que nós estamos vulneráveis a sermos surpreendidos numa dessas "caridades" e então concluir colhendo o que plantamos (e o raciocínio do texto).
Faço questão de destacar que mais do que qualquer gosto musical refinado ou qualquer luta em pról de uma causa social, é importante que você saiba sorrir e praticar o bem sem olhar a quem, sem perguntar por quê, de olhos fechados e coração aberto... O mundo tá cheio de gente que quer ser visto mas não quer se enxergar, não sejamos tão medíocres quanto estes.
Pra completar... Jamais se esqueça de que antes de tudo você é a sua melhor companhia e terá de você mesmo, apenas o que merecer.
Au revoir.
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Estranhos
"Foi o nosso primeiro momento a sós e nós não tinhamos o que dizer um ao outro. Eu estava aflita buscando um assunto qualquer, até lembrar que eu já sabia que você não era o mesmo de uns tempos pra cá, era o basta pra não me forçar a pensar em um assunto sequer, eu sabia que o assunto calharia com o passar das pessoas na rua e que uma hora o silêncio te afligiria e você falaria do tempo chuvoso como aquelas conversas de estranhos dentro de um elevador.
Você não é estranho, eu não sou estranha, e todo o assunto que nós tivemos no primeiro dia em que conversamos caíram no esquecimento com a sensação estranha de estarmos só nos dois, sem ninguém perto pra desviar a atenção do que já foi dito até aqui. Eu estou na defensiva para com um sentimento que eu não sei se pode me pertencer, e você? Está na defensiva também? Eu sei que está, mas tá estranho e eu não queria que estivesse assim.
Eu vou optar pela nossa diferença gritante de gostos e vivências pra acreditar que os dias que eu venho pensando e lembrando de você, realmente devem ser esquecidos com a ajuda do tempo e ligados no foda-se que eu declarei pro mundo, mas não declarei pra mim. Sabe, eu tenho pensado em você, lembrado de você, e eu sei que depois de ter aderido essa prática, eu tomei algumas habilidades que não eram minhas e agora já sao muito minhas, uma delas são os muros da cidade - e você já deve supor o porquê.
Se eu ceder, você cede. Se você ceder, eu cedo. E assim caminha a humanidade... Aliás, eu diria que a nossa cautela não nos permite caminhar, nem desfazer os passos dados. Eu gosto dessa sensação interrogativa e eufórica que eu sei que não sairá do meu coração tão cedo, assim como eu sei que não sairá do seu também... E você... Você também gosta de tudo isso?"
O que você não pode, eu não vou te pedir
O que você não quer, eu não quero insistir
Diga a verdade, doa a quem doer
Doe sangue e me dê seu telefone
Você não é estranho, eu não sou estranha, e todo o assunto que nós tivemos no primeiro dia em que conversamos caíram no esquecimento com a sensação estranha de estarmos só nos dois, sem ninguém perto pra desviar a atenção do que já foi dito até aqui. Eu estou na defensiva para com um sentimento que eu não sei se pode me pertencer, e você? Está na defensiva também? Eu sei que está, mas tá estranho e eu não queria que estivesse assim.
Eu vou optar pela nossa diferença gritante de gostos e vivências pra acreditar que os dias que eu venho pensando e lembrando de você, realmente devem ser esquecidos com a ajuda do tempo e ligados no foda-se que eu declarei pro mundo, mas não declarei pra mim. Sabe, eu tenho pensado em você, lembrado de você, e eu sei que depois de ter aderido essa prática, eu tomei algumas habilidades que não eram minhas e agora já sao muito minhas, uma delas são os muros da cidade - e você já deve supor o porquê.
Se eu ceder, você cede. Se você ceder, eu cedo. E assim caminha a humanidade... Aliás, eu diria que a nossa cautela não nos permite caminhar, nem desfazer os passos dados. Eu gosto dessa sensação interrogativa e eufórica que eu sei que não sairá do meu coração tão cedo, assim como eu sei que não sairá do seu também... E você... Você também gosta de tudo isso?"
O que você não pode, eu não vou te pedir
O que você não quer, eu não quero insistir
Diga a verdade, doa a quem doer
Doe sangue e me dê seu telefone
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Exorcismo e reticências
O final de semana é o mesmo desde o início de o ano, só que a diferença é de que foi o primeiro realmente tranquilo e ajeitado.
De repente, você volta a se sentir tranquila com relação ao universo que se move mais loucamente do que um boneco de posto ou um trio elétrico. É bom, é apaziguador, te permite pensar com mais frieza nas situações e calcular os passos a serem dados. Quando eu começo a ficar agitada, louca, perdida, triste, emotiva, eu percebo que eu não consigo me apresentar pras pessoas, eu me afasto de todo mundo e fico enclausurada no mesmo marasmo que mencionei no texto anterior.
Eu começo a rir quando eu lembro da última terça-feira (gravem o bordão "terça-feira" é o dia da análise, me sinto mais confortável chamando de "terça-feira" do que de terapia, análise e essas coisas), na real, terça-feira já está aí e eu acho que foi a primeira que eu mais guardei todas as coisas ditas e consegui colocar em prática. É a sensação de vencer o primeiro round, que me deixa feliz.
Todas as vezes que eu abro essa página pra dizer pro mundo o que eu sinto e escrever algo que cative as pessoas que gostam de vir aqui me visitar, eu lembro que eu não sei o que eu vou dizer e aí eu digo nada sobre nada, mas as vezes, desses nadas, eu sei que torna-se identificável o que eu sou, o que eu venho sendo, e eu quero no mínimo daqui há alguns meses tirar essa impressão vazia dos meus textos. Aliás, acho que isso só vai sair de mim quando eu aprender a ver mais filmes e anotar os assuntos, afinal os surtos de assunto acontecem como os espirros. Quem dera desse pra guardar em um potinho, toda vez.
Só o fato de estar aqui hoje, agora, já me deixa feliz... Espero voltar amanhã com uma pauta interessante, nem que eu tenha que guardar esse espirro em um pote.
Namastê.
De repente, você volta a se sentir tranquila com relação ao universo que se move mais loucamente do que um boneco de posto ou um trio elétrico. É bom, é apaziguador, te permite pensar com mais frieza nas situações e calcular os passos a serem dados. Quando eu começo a ficar agitada, louca, perdida, triste, emotiva, eu percebo que eu não consigo me apresentar pras pessoas, eu me afasto de todo mundo e fico enclausurada no mesmo marasmo que mencionei no texto anterior.
Eu começo a rir quando eu lembro da última terça-feira (gravem o bordão "terça-feira" é o dia da análise, me sinto mais confortável chamando de "terça-feira" do que de terapia, análise e essas coisas), na real, terça-feira já está aí e eu acho que foi a primeira que eu mais guardei todas as coisas ditas e consegui colocar em prática. É a sensação de vencer o primeiro round, que me deixa feliz.
Todas as vezes que eu abro essa página pra dizer pro mundo o que eu sinto e escrever algo que cative as pessoas que gostam de vir aqui me visitar, eu lembro que eu não sei o que eu vou dizer e aí eu digo nada sobre nada, mas as vezes, desses nadas, eu sei que torna-se identificável o que eu sou, o que eu venho sendo, e eu quero no mínimo daqui há alguns meses tirar essa impressão vazia dos meus textos. Aliás, acho que isso só vai sair de mim quando eu aprender a ver mais filmes e anotar os assuntos, afinal os surtos de assunto acontecem como os espirros. Quem dera desse pra guardar em um potinho, toda vez.
Só o fato de estar aqui hoje, agora, já me deixa feliz... Espero voltar amanhã com uma pauta interessante, nem que eu tenha que guardar esse espirro em um pote.
Eu sei que quando você decide encontrar um amor pra viver os clichês que grandes amores vivem, você não encontra... É como procurar algo que está na sua frente mas você só encontra quando já não precisa mais. Eu sei que desejar um rapaz nobre, de boa índole, bons costumes, que pense como eu, é mais do que procurar algo que se está bem na ponta do nariz, é procurar algo que só existe nos seriados, mas se por algum acaso, alguém aí souber de um moço desses, me manda o telefone? A recompensa é gorda, porque a esperança tá enorme e não tá fácil contê-la :(
Namastê.
sábado, 19 de janeiro de 2013
Eu preciso acontecer
Foi na terapia semanal que me fez pausar o mundo por alguns instantes e eu tomei aquele choque de realidade, aquele choque de desfribilador mesmo.
"Oi, quem sou eu? Quais são os meus sonhos? O que eu gosto? O que eu detesto?"
Eu sempre achei normal isso de viver da ausência de objetivos, planos, metas, sonhos. Era como se essas coisas nunca tivessem feito parte de mim. Até descobrir que nem meus problemas eu sabia quais eram, porque os problemas que poderiam ser meus, na realidade eram dos outros. E aí, eu suspirei, pensei, repensei e eu não descobri quem era a Gabriela, o que ela temia e o que ela amava, aliás continuo não sabendo nada disso.
Não tenho compartilhado nada aqui porque cai numa masmorra de falta de criatividade, disposição e crises bipolares (embora essa história de bipolaridade seja metafórica), e nos últimos instantes parei pra refletir sobre mim, me permiti deitar em um divã e desabafar para mim mesma, anotei a criticidade da paciente e descobri que o método de me conhecer poderia ser voltando a este velho blog que aqui reside, para me dizer tudo que eu preciso saber, já que dele eu falei no primeiro dia de aula da faculdade (e a Mari não esquece de me lembrar o quão ridícula eu sou por isso).
Quero voltar pra cá.
Preciso voltar pra cá e me dizer tanto o que eu preciso ouvir. Os primeiros passos são planejar/listar o que eu preciso pra voltar a gabipolarizar com foco e determinação.
Será que eu consigo?
"Ajuda, Deus, mim ajuda... Esse foi o meu primeiro sonho..."
"Oi, quem sou eu? Quais são os meus sonhos? O que eu gosto? O que eu detesto?"
Eu sempre achei normal isso de viver da ausência de objetivos, planos, metas, sonhos. Era como se essas coisas nunca tivessem feito parte de mim. Até descobrir que nem meus problemas eu sabia quais eram, porque os problemas que poderiam ser meus, na realidade eram dos outros. E aí, eu suspirei, pensei, repensei e eu não descobri quem era a Gabriela, o que ela temia e o que ela amava, aliás continuo não sabendo nada disso.
Não tenho compartilhado nada aqui porque cai numa masmorra de falta de criatividade, disposição e crises bipolares (embora essa história de bipolaridade seja metafórica), e nos últimos instantes parei pra refletir sobre mim, me permiti deitar em um divã e desabafar para mim mesma, anotei a criticidade da paciente e descobri que o método de me conhecer poderia ser voltando a este velho blog que aqui reside, para me dizer tudo que eu preciso saber, já que dele eu falei no primeiro dia de aula da faculdade (e a Mari não esquece de me lembrar o quão ridícula eu sou por isso).
Quero voltar pra cá.
Preciso voltar pra cá e me dizer tanto o que eu preciso ouvir. Os primeiros passos são planejar/listar o que eu preciso pra voltar a gabipolarizar com foco e determinação.
Será que eu consigo?
"Ajuda, Deus, mim ajuda... Esse foi o meu primeiro sonho..."
Assinar:
Postagens (Atom)