Foi na terapia semanal que me fez pausar o mundo por alguns instantes e eu tomei aquele choque de realidade, aquele choque de desfribilador mesmo.
"Oi, quem sou eu? Quais são os meus sonhos? O que eu gosto? O que eu detesto?"
Eu sempre achei normal isso de viver da ausência de objetivos, planos, metas, sonhos. Era como se essas coisas nunca tivessem feito parte de mim. Até descobrir que nem meus problemas eu sabia quais eram, porque os problemas que poderiam ser meus, na realidade eram dos outros. E aí, eu suspirei, pensei, repensei e eu não descobri quem era a Gabriela, o que ela temia e o que ela amava, aliás continuo não sabendo nada disso.
Não tenho compartilhado nada aqui porque cai numa masmorra de falta de criatividade, disposição e crises bipolares (embora essa história de bipolaridade seja metafórica), e nos últimos instantes parei pra refletir sobre mim, me permiti deitar em um divã e desabafar para mim mesma, anotei a criticidade da paciente e descobri que o método de me conhecer poderia ser voltando a este velho blog que aqui reside, para me dizer tudo que eu preciso saber, já que dele eu falei no primeiro dia de aula da faculdade (e a Mari não esquece de me lembrar o quão ridícula eu sou por isso).
Quero voltar pra cá.
Preciso voltar pra cá e me dizer tanto o que eu preciso ouvir. Os primeiros passos são planejar/listar o que eu preciso pra voltar a gabipolarizar com foco e determinação.
Será que eu consigo?
"Ajuda, Deus, mim ajuda... Esse foi o meu primeiro sonho..."
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